WO2011011843A1

WO2011011843A1 - Método químico para esterilização sexual e eliminação da libido em mamíferos do sexo masculino

Info

Publication number: WO2011011843A1
Application number: PCT/BR2010/000207
Authority: WO
Inventors: Marcelo Vivacqua
Original assignee: Individual
Current assignee: Individual
Priority date: 2009-07-28
Filing date: 2010-06-14
Publication date: 2011-02-03
Anticipated expiration: 2012-01-28
Also published as: CA2768404A1; CN102497878A; PH12012500162A1; EP2460532A4; KR20120052355A; MX2012000503A; BRPI0902699A2; US20120156188A1; RU2012106488A; JP2013500273A; CO6491066A2; AU2010278687A1; EP2460532A1; NZ597924A

Abstract

Método químico para esterilização sexual e eliminação da libido em mamíferos do sexo masculino, Trata-se de um método indicado para promover a esterilização biológica de mamíferos do sexo masculino como bovinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos, cães, gatos e o homem. A invenção consiste numa solução aquosa estéril contendo um principio ativo esclerosante (acido láctico) e uma enzima (papaína). A enzima promove uma digestão do tecido testicular, potencializando o efeito necrosante do ácido, resultando numa ação mais rápida e eficiente do mesmo. A associação destes dois princípios ativos promove uma reação inflamatória aguda com rápida resolução, caracterizada pelo fibrosamento do órgão. Esse efeito resulta na perda das funções gametogénica e androgénica, causando como conseqüência esterilidade e perda da libido, respectivamente. O processo de esterilização biológica é simples de ser executado e não requer cuidados adicionais, resultando em menor manipulação dos animais, com conseqüente diminuição do estresse e maior ganho de peso. O processo não causa dor aos animais durante e após a administração devido à lesão causada nas terminações nervosas testiculares no momento da aplicação e pelo fato das estruturas sensitivas estarem localizadas em maior número na bolsa escrotal. A carne dos animais de produção tratados não requer período de carência entre a aplicação e o abate para ser consumida visto serem os princípios ativos biológicos facilmente metabolizáveis pelo organismo dos animais. Este método já foi utilizado de forma bem sucedida em mais de tres mil animais sendo o único disponível no mundo onde se utiliza principios ativos biológicos disponíveis no mundo.

Description

Relatório descritivo da patente de invenção"MÉTODO QUÍMICO PARA ESTERILIZAÇÃO SEXUAL E ELIMINAÇÃO DA LIBIDO EM MAMÍFEROS DO SEXO MASCULINO". Refere-se a presente invenção a um método de tratamento biológico não terapêutico que objetiva a esterilização sexual e eliminação da libido, sendo indicado para mamíferos machos como bovinos, ovinos, caprinos, caninos, felinos domésticos, equinos, suínos e o homem que possuem testículos na bolsa escrotal. O método se baseia na injeção realizada na face cranial do testículo de uma solução aquosa estéril contendo princípios ativos com funções esclerosante (ácido láctico; 20-70%) e enzimática (papaína; 05-20%) que resulta no fibrosamento do órgão com perda da função gametogênica e androgênica.

A orquiectomia (retirada dos testículos) ou castração dos machos ruminantes se faz necessária por vários motivos, sendo os principais a diminuição da agressividade facilitando o manejo e reduzindo os riscos de lesões ao homem e a outros animais; eliminação da libido com maior tempo dedicado a alimentação, resultando em maior ganho de peso; evitar o risco de coberturas indesejáveis por machos de baixo potencial genético, além de proporcionar a obtenção de carcaças de melhor qualidade, devido ao maior acúmulo de gordura, e com maior proporção de carne nobre quando comparado aos animais inteiros. Os métodos usualmente utilizados no processo de castração se baseiam, na grande maioria dos casos, em uma cirurgia que consiste na retirada dos testículos ou pelo uso de emasculadores, instrumentos que promovem o esmagamento do cordão espermático resultando na interrupção do fluxo sanguíneo testicular, com o intuito de promover a atrofia do órgão.

Outro método indicado para se proceder a esterilização e eliminação da libido é o método químico. Na década de 1960 foram iniciados estudos no intuito de se utilizar substancias esclerosantes injetadas diretamente nos testículos ou no cordão espermático, com o propósito de promover a perda total da função dos mesmos (produção de espermatozóides e hormônios androgênicos). A esterilização química foi tentada em macacos, hamsters, coelhos, ratos e cães pela aplicação intratesticular de alguns agentes como cloreto ferroso (Kar et al. 1965), danazol (Dixit et al., 1975), BCG (Das et al. 1982), zinco tânico (Fahim et al.,1982), glicerol (Weinbauer et al., 1985, Immegart 2000), glicose, NaCl (Heath et al., 1987, Russell, 1987 et al.) DBCP (Shemi et al. 1988), acido láctico (Fordyce et al. 1989), zinco arginina (Fahim et al. 1993), sódio fluoride (Sprando et al. 1996), fonnalina (Balar et al. 2002) e cálcio clorido (Samanta 1998, Jana et al. 2002), permanganato de potássio acético glacial (Giri et al. 2002). Em riuninantes machos foram utilizadas injeções intratesticulares de ácido láctico (Hill et al. 1985), ácido tânico, sulfato de zinco (Feher et al. 1985) ácido alfahidroxipropionico (Cohen et al. 1995), formalina (Ijaz et al. 2000) CastrateQuin 14 (Soerensen et al. 2001). Nenhum dos métodos propostos para a castração química resultou em êxito, visto que nenhum produto testado foi eficaz para atingir os seus propósitos. Os problemas mais comuns observados neste processo foram o retorno da libido nos animais submetidos à aplicação e um processo incontrolável de necrose tecidual testicular, levando a infecções secundaria e a um comprometimento sistémico com perda de peso e até morte

Em relação ao processo cirúrgico, o mesmo é normalmente realizado por pessoas não habilitadas, sem o uso de anestésicos e sem procedimentos de assepsia, resultando muitas vezes em complicações tais como processos hemorrágicos, infecciosos, miíases, tétano, entre outras, que, não raramente, culminam com o aparecimento de sequelas que comprometem o desenvolvimento do animal e, em alguns casos, podendo até levá-lo à morte.

O uso do emasculador requer um treinamento adequado por parte do operador, pois, do contrário, podem ocorrer complicações que podem cu ninar com a necessidade de se realizar uma intervenção cirúrgica, podendo resultar na morte do animal.

Adicionados das perdas económicas advindas das complicações dos processos supracitados, deve ser destacado também que estas resultam em gastos com medicamentos e mão de obra para procedimentos de enfermagem. Vale destacar, também, que, em nenhum dos métodos descritos anteriormente, existe preocupação com o bem estar animal, ou seja, com a dor e o sofrimento que estes processos poderiam impor aos animais. Além do lado humanitário, que é o principal, a não observância dos cuidados que visem rninimizar a dor e o sofrimento, há o fato de que o estresse causado por estas situações leva a redução da imunidade dos animais, com consequente diminuição dos seus índices produtivos (ganho de peso, conversão alimentar), além de os tornarem mais predispostos a contrair doenças.

A presente invenção tem por objetivo disponibilizar um método de castração biológica seguro para o animal e o operador, que venha a equacionar os problemas apresentados pelos animais submetidos aos processos citados no estado da técnica. O método consiste na aplicação intratesticular de uma solução esclerosante composta por princípios ativos biológicos (papaína extraída do mamão e ácido láctico extraído do leite), que, uma vez realizada promove uma reação inflamatória com posterior fibrosamento e eliminação das funções gametogênica e androgênica testicular, resultando na esterilização sexual e perda da libido.

A invenção esta baseada na associação da enzima papaína, na concentração de 2 a 10%, à solução de ácido láctico, na concentração de 20 a 80%, em uma solução aquosa estéril que, uma vez aplicada no testículo, desencadeia uma reação inflamatória mais aguda com resolução mais rápida, resultando em maior eficiência no tratamento, visto que a enzima facilita a difusão do ácido. A antecipação na resolução do processo inflamatório implica em menor tempo de desconforto devido ao edema apresentado pelos animais tratados. Avaliações realizadas com o intuito de avaliar os parâmetros fisiológicos e comportamentais que caracterizassem dor durante e imediatamente após a administração da solução intratesticular tais como alterações nas frequências cardíaca e respiratória, vocalização, olhar ou lamber o local da aplicação e decúbito prolongado demonstraram que os animais não expressaram essa sensação. Isso se deve ao fato, provavelmente, dos princípios ativos administrados causarem uma lesão irreversível nas estruturas nervosas testiculares levando à interrupção da transmissão de qualquer estímulo neurogênico ao sistema nervoso central. Associa-se a isso o fato já demonstrado por diversos autores que o parênquima testicular é pouco inervado, concentrando-se essas estruturas nervosas na bolsa escrotal. O fibrosamento testicular, fase final do processo, leva a perda de sua função gametogênica e androgênica. Paralelo a isso, os animais que receberam a dosagem indicada não apresentaram reações sistémicas indesejáveis (febre, diminuição do apetite e perda de peso) e nem locais (hipertermia, abscessos e necrose).

Uma das grandes vantagens do método criado consiste no fato de, por ser um procedimento "fechado", a possibilidade de contaminação ambiental é praticamente inexistente, permitindo que, ao contrário do método cirúrgico, possa ser realizado independente do período do ano (período chuvoso) ou das condições das pastagens (áreas alagadas ou com plantas que possam causar irritações ou sangramentos na ferida cirúrgica) que possam desencadear infecções, miíases e tétano; o que resultaria em prejuízos com gastos em medicamentos, mão de obra e perda de peso nos animais acometidos.

A aplicação da solução biológica esterilizante deve ser realizada após prévia assepsia da bolsa escrotal, sendo aplicado um volume que varia de 0,2 (felinos) a 20 ml (bovinos e equinos) em cada testículo, na sua porção cranial, não requerendo, pois, grande habilidade do técnico que a realiza, sendo necessário somente um curto treinamento demonstrativo ao operador. Não existe uma correlação fixa entre a espécie, peso do paciente, o diâmetro testicular e a dose aplicada, sendo a mesma definida pela reação do órgão à mesma, caracterizada pela contração de todo órgão durante a aplicação, reação que indica ter a solução atingido todo o órgão, sendo, pois, nesse momento, interrompida a aplicação. Um cuidado que deve ser tomado é evitar que ocorra refluxo da solução do interior da cápsula testicular para o espaço subcutâneo, pois caso isso ocorra haverá manifestação de dor devido ao contato da mesma com as estruturas nervosas presentes nessa região, bem como existirá a possibilidade de haver um ulceração na pele. Cabe salientar que, caso isso venha a ocorrer, o objetivo do procedimento que é o de promover a esterilização não será comprometido. O inconveniente causado pelo erro da técnica, embora não comprometa o resultado, deve ser evitado, pois caso venha a ocorrer eliminará duas das principais virtudes do método que são a ausência de dor e a da necessidade de cuidados adicionais após o procedimento.

O produto mostrou-se inócuo para o ser humano, não tendo causado irritações, manchas, prurido ou qualquer outra reação indesejável quando em contato com a pele do operador. Devido a essa característica, não se faz necessário, pois, o uso de luvas ou máscara, uma vez que o produto não apresenta odor forte que possa causar qualquer desconforto respiratório. Recomenda-se a lavagem das mãos após a aplicação, embora por ser o veículo aquoso, o grau de absorção seja pequeno, e, caso esta venha a ocorrer, ambos os princípios ativos não apresentam relatos na literatura que os citem como causadores de intoxicações ao ser humano. O ácido láctico é um produto fisiológico presente no organismo dos mamíferos, sendo um metabólito da glicogenólise a papaína só se tornaria prejudicial caso fosse inalada na forma de pó em grandes quantidades, resultando em problemas pulmonares. Ainda em relação a esta última, a mesma é utilizada em produtos comestíveis como os amaciantes de carne, sendo, portanto, bem tolerada pelo organismo humano quando ingerida em pequenas quantidades.

Estudos de estabilidade demonstraram que a solução, quando conservada em frascos de cor âmbar e mantida à temperatura ambiente, mantém a sua ação biológica por mais de 30 meses, período máximo de produção em que a solução foi testada.

Em experimento realizado com 80 animais, no qual metade foi tratada com a solução química e a outra submetida ao processo de castração cirúrgica foi observado que 20% dos animais apresentaram sinais de desconforto, com movimentos de sapateio e decúbito prolongado após a aplicação. Estes sinais haviam desaparecido em 8 horas. Em nenhum momento, nas primeiras 24 horas, os animais apresentaram sinais que representassem dor como vocalização, lambedura do local ou sinais sistémicos de hipertermia ou diminuição do apetite.

O edema testicular foi máximo nas 48 horas seguintes à aplicação, regredindo totalmente em 60 dias. Já nas primeiras 24 horas após a aplicação, os animais já não mais apresentavam sinais de libido ou de agressividade. Por outro lado, os animais submetidos à cirurgia apresentaram um período mais prolongado de sofrimento, até que a ferida cirúrgica tivesse cicatrizado, em torno de 15 a 20 dias; visto que alguns foram acometidos de miíases e infecções, com necessidade de retorno aos centros de manejo para serem submetidos a procedimentos de enfermagem como aplicação de antibióticos locais e sistémicos e repelentes, resultando, estas manobras, em mais situações de estresse. Nenhum dos animais tratados apresentou retorno da libido, não tendo havido necessidade de uma segunda aplicação do medicamento.

Ao final de seis meses de experimento os animais tratados biologicamente apresentaram ganho de peso superior ao dos animais submetidos à cirurgia, bem como também não foram observadas diferenças estatisticamente diferentes apos o abate no rendimento de carcaça, cobertura de gordura e relação dianteiro-traseiro.

Também foram realizados exames por amostragem para dosagem de testosterona e coletas de sémen. Em todos os exames foi verificada uma queda acentuada nos níveis de testosterona e azoospermia (ausência de espermatozóides no ejaculado) o que indicou 100% de eficiência do medicamento.

Foi feita uma coleta de fragmentos de órgãos por amostragem e, após exames histopatológicos, não foi constatada nenhuma lesão nos tecidos cardíaco, pulmonar, hepático e renal, o que comprova a inocuidade do produto aos animais na dose recomendada. Em contrapartida, as amostras de testículo analisadas demonstraram um processo de necrose focal, com total perda da função produtora de espermatozóides e de testosterona, dada a destruição dos sítios de produção destes, os túbulos seminíferos e as células de Sertoli, respectivamente. Vale salientar que esta perda de função não se limitou às áreas onde se observou a necrose focal, mas sim em todo o parênquima testicular, incluindo as áreas aparentemente normais ao exame macroscópico.

Esses achados já eram esperados uma vez que, por se tratarem de princípios ativos biológicos, o organismo dos mamíferos tem a capacidade de metabolizá-los sem que seja observada nenhuma reação tóxica.

O período recomendado para que se promova o abate dos animais tratados é de no mínimo 12 meses após a aplicação. No experimento supracitado promoveu-se o abate antecipado por questões operacionais da propriedade onde o mesmo foi realizado. Estima-se que, com a prorrogação deste prazo, os ganhos nos índices obtidos em abatedouro tendam a ser superiores àqueles obtidos pelos animais submetidos ao processo cirúrgico. Deve ser lembrado que, enquanto os animais submetidos a processos cirúrgicos encontravam-se susceptíveis a várias complicações já citadas, com necessidade de retorno aos centros de manejo para receberem cuidados de enfermagem, os que foram submetidos ao processo biológico da presente invenção só retornaram ao mesmo para serem pesados e terem as condições dos testículos e seu estado geral avaliados. Em condições normais, quanto aos animais tratados biologicamente, não há necessidade de retorno deles aos centros de manejo; o que resulta em menos estresse, com consequente aumento da taxa de conversão alimentar e ganho de peso.

Além dos animais testados neste experimento, foi feita a aplicação da solução biológica esterilizante em aproximadamente 2000 bovinos, 80 ovinos, 70 caprinos, 10 suínos, 15 equinos, 16 cães e oito gatos. Foi observado o retorno da libido em cerca de 5% dos animais tratados. Nestes animais foi realizada uma segunda aplicação com obtenção do efeito desejado. Esta prática é recomendada nos animais que continuarem apresentando sinais de libido após 15 dias da data da aplicação. No caso dos equinos a literatura cita a manutenção da prática da monta como parte de um comportamento condicionado, observado em cerca de 30% dos animais submetidos à castração cirúrgica, não tendo relação com os níveis de testosterona. Em relação às outras espécies, provavelmente pode ter havido erro na aplicação da solução em relação à dose ou local nos animais que apresentaram retorno da libido, dado a sua baixa incidência.

Estes achados nos permitiram concluir que este invento atingiu o seu propósito e conseguiu superar os obstáculos enfrentados por outras formulações indicadas para o mesmo uso; mas que falharam por insuficiência, levando ao retorno das funções reprodutivas dos animais tratados, ou por excesso, ocasionando processos necróticos incontroláveis com formação de abscessos, requerendo intervenção cirúrgica, gastos com medicamentos e mão de obra, e comprometimento da saúde e bem estar dos animais.

Vale ressaltar que os únicos produtos disponibilizados comercialmente no mundo, indicados para a esterilização química por injeção intratesticular, têm indicação para o uso em cães; mas que, no entanto, não manifestam a menor preocupação em minimizar o sofrimento causado pela aplicação e ainda contêm em sua fórmula princípios ativos químicos, cujos efeitos a médio e longo prazo ainda não são conhecidos.

A solução descrita apresenta as vantagens de não desencadear sinais de dor quando corretamente aplicada, colaborando desse modo para respeitar as normas internacionais que visam proteger os animais contra procedimentos que causem sofrimento e, quando aplicada nos animais de produção, dispensa o período de carência entre a aplicação e o consumo da carne desses animais, tornando seguro o consumo da mesma pelos seres humanos. Esse novo método desencoraja os criadores a utilizar hormônios como alternativa aos riscos do processo cirúrgico, proporcionando a obtenção de um produto oriundo de animais que não foram submetidos às práticas cruéis de manejo, muito valorizado pelos países de primeiro muno e os de religião muçulmana. Pelo fato da solução ser constituída de princípios ativos biológicos a biossegurança é preservada, uma vez que, não ocorrendo a contaminação da carne não haverá a contaminação do meio ambiente com eventuais resíduos presentes nas secreções corpóreas dos animais tratados.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1 - MÉTODO QUÍMICO PARA ESTERILIZAÇÃO SEXUAL E ELIMINAÇÃO DA LIBIDO EM MAMÍFEROS DO SEXO MASCULINO., sendo um processo destinado a promover a esterilização sexual e eliminação da libido em machos mamíferos com testículos externos, por meio da injeção intratesticular de uma solução aquosa estéril esclerosante de ácido láctico na concentração de 20 a 70%; com o propósito de desencadear um processo inflamatório agudo, seguido de um fibrosamento do parênquima testicular, o que resulta na interrupção da espermatogênese (produção de espermatozóides), levando à perda da fertilidade, e da androgênese (síntese de hormônios masculinos), que ocasiona a perda da libido; caracterizado pela adição da enzima papaína na concentração de 2 a 10% à solução de ácido láctico; o que promove uma aceleração do processo inflamatório pela digestão tecidual causada, antecipando a resolução deste e a consequente reação de fibrose testicular, minimizando o tempo de desconforto do animal tratado;

2 - MÉTODO QUÍMICO PARA ESTERILIZAÇÃO SEXUAL E

ELIMINAÇÃO DA LIBIDO EM MAMÍFEROS DO SEXO MASCULINO, de acordo com reivindicação 1, caracterizado pela injeção da solução esclerosante na parte cranial do testículo próximo à cabeça do epidídimo, favorecendo a difusão da solução no parênquima testicular, o que evita que ocorra retorno da libido por ação incompleta do produto ou um processo de necrose incontrolável, com formação de abscessos;

3 - MÉTODO QUÍMICO PARA ESTERILIZAÇÃO SEXUAL E ELIMINAÇÃO DA LIBIDO EM MAMÍFEROS DO SEXO MASCULINO, de acordo com reivindicação 1, caracterizado pela utilização da solução esclerosante para promover esterilização sexual e eliminação da libido em mamíferos do sexo masculino das espécies bovina, ovina, caprina, equina, suína, canina, felina e humana.