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PT99917B - Processo de producao de composicoes destruidoras do peroxido de hidrogenio e de desinfeccao de lentes - Google Patents

Processo de producao de composicoes destruidoras do peroxido de hidrogenio e de desinfeccao de lentes Download PDF

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PT99917B
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Portugal
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water
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aqueous medium
soluble
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PT99917A
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Inventor
John Y Park
James N Cook
Original Assignee
Allergan Inc
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Publication date
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Publication of PT99917B publication Critical patent/PT99917B/pt

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Description

MEMÓRIA DESCRITIVA
Antecedentes do Invento presente invento refere-se a composições destruidoras do peróxido de hidrogénio e a processos para a sua preparação e utilização, composições estas que são úteis para a diminuição da concentração ou mesmo para a eliminação substancial do peróxido de hidrogénio presente num meio líquido. Mais particularmente, o invento refere-se a essas composições e a processos para a preparação e para a utilização dessas composições úteis para destruir o peróxido de hidrogénio residual presente num meio aquoso líquido contendo uma lente de contacto que foi desinfectada pela acção do peróxido de hidrogénio e, de preferência, limpa por acção enzimática.
As lentes de contacto devem ser limpas e desinfectadas periodicamente pelo utilizador para impedir infecções e outros efeitos nocivos à saúde ocular que podem estar associados ao uso das lentes de contacto. Correntemente existem vários sistemas e métodos convencionais diferentes que permitem ao utilizador limpar e desinfectar as suas lentes de contacto entre os períodos de utilização. Estes sistemas convencionais de limpeza e desinfecção podem ser divididos em sistemas quentes e frios. Os sistemas quentes exigem a utilização de calor para desinfectar as lentes de contacto ao passo que os sistemas frios utilizam desinfectantes químicos à temperatura ambiente para desinfectar as lentes.
Dentro do domínio dos sistemas frios de desinfecção contam-se os sistemas de desinfecção com peróxido de hidrogénio. As soluções desinfectantes de peróxido de hidrogénio são eficazes para matar as bactérias e os fungos que podem contaminar as lentes de contacto. Contudo o peróxido de hidrogénio residual numa lente de contacto desinfectada pode provocar irritação, ardor ou trauma nos olhos a não ser que este peróxido de hidrogénio seja destruído, isto é, decomposto, neutralizado, inactivado ou reduzido quimicamente. Portanto, a destruição do
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peróxido de hidrogénio residual no meio líquido que contém a lente de contacto desinfectada é precisa para permitir o uso seguro e confortável da lente de contacto desinfectada. As lentes de contacto podem ser limpas por acção enzimática. Por exemplo, Huth e outros, patente E.U.A. RE 32.672 descrevem a limpeza e desinfecção simultâneas de lentes de contacto por meio de um método que inclue o contacto das lentes com uma solução contendo uma quantidade desinfectante de peróxido e uma quantidade eficaz de enzima proteolítica activa para peróxido durante um tempo suficiente para se eliminar substancialmente todos os depósitos de proteína e desinfectar as lentes. Esta patente também relata que as catalases, enzimas orgânicas que catalisam a degradação dos peróxidos, podem ser incorporadas em pastilhas e pós, especialmente em fórmulas de libertação retardada. Tanto a enzima proteolítica como a catalase devem ter actividade elevada para se atingir um elevado grau de eficácia na limpeza e na degradação do peróxido, respectivamente.
Associados com o problema da destruição do peróxido de hidrogénio nos sistemas de desinfecção das lentes de contacto estão os problemas da facilidade de uso e da aceitação pelo utilizador. Para melhorar a aceitação pelo utilizador e a facilidade de uso, focaram-se vários esforços na desinfecção e destruição do peróxido de hidrogénio num só passo. A este respeito sugeriram-se várias pastilhas de acção retardada contendo uma pastilha núcleo e um revestimento totalmente solúvel ou insolúvel.
Schaffer e outros, no pedido de patente europeia 86-109 361 5, descrevem uma pastilha neutralizadora do peróxido de hidrogénio coberta com um revestimento solúvel em água destinado a retardar a dissolução da pastilha. O revestimento é aplicado por procedimentos convencionais tais como por pulverização sobre uma película em tabuleiros de revestimento, por métodos de leito fluidificado ou em sistemas fechados. Esta publicação descreve a utilização de diversos polímeros solúveis como os éteres de celulose que incluem álcoois poli-hídricos apropriados para controlar a libertação retardada, como
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16860(AOC)-Portugal —4revestimento para a pastilha neutralizadora.
Kaspar e outros, patente E.U.A. 4 568 517, descrevem um processo de desinfecção de lentes de contacto num passo que envolve peróxido de hidrogénio e um neutralizador com um composto neutralizador de peróxido de hidrogénio na forma de pastilha ou partícula e um revestimento que envolve a pastilha ou as partículas e que actua como revestimento de libertação retardada. Entre os compostos neutralizadores do peróxido de hidrogénio descritos contam-se as enzimas peroxidase/catalase. O revestimento pode ser feito de celulose modificada organicamente como a hidroxipropilmetilcelulose, a etilcelulose, o ftalato acetato de celulose e a hidroxipropilcelulose. 0 neutralizador pode ser uma pastilha revestida preparada por pulverização, com uma solução de etanol ou acetona do material de revestimento, a pastilha contendo o composto neutralizador do peróxido de hidrogénio. 0 solvente é depois evaporado deixando o revestimento. A utilização de solventes puramente orgânicos tende a produzir revestimentos não uniformes com características de libertação retardada que não são totalmente satisfatórias. Além disso, certos solventes orgânicos como os álcoois têm um efeito nocivo sobre a actividade de algumas das enzimas de limpeza acima descritas. 0 uso da água como solvente pode ter efeitos nocivos no composto neutralizador do peróxido de hidrogénio, em particular na enzima catalse. Seria vantajoso conseguir-se um novo sistema solvente para revestir estes compostos neutralizadores do peróxido de hidrogénio.
Continua a haver necessidade de um sistema de desinfecção, e de preferência limpeza, de lentes de contacto, num só passo, utilizando um componente destruidor do peróxido de hidrogénio. 0 revestimento de libertação retardada das pastilhas usadas em tais sistemas deve ter espessura e uniformidade, suficientes para dar tempo suficiente para que tenha lugar a desinfecção da lente, embora permitindo, ao mesmo tempo, a libertação do componente destruidor do peróxido de hidrogénio num período de tempo razoável de modo que a lente desinfectada possa ser usada segura e confortavelmente.
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f A/
Sumário do Invento Conseguiram-se novas composições e processo para a preparação destas composições e processos úteis para destruir o peróxido de hidrogénio num meio aquoso líquido, em especial para destruir o peróxido de hidrogénio residual num meio aquoso líquido contendo uma lente de contacto desinfectada. 0 presente invento permite que o componente ou componentes destruidores do peróxido de hidrogénio sejam postos inicialmente em contacto com o meio aquoso líquido ao mesmo tempo que a lente de contacto a ser desinfectada é posta inicialmente em contacto com o meio aquoso líquido. Por exemplo, as composições preparadas segundo o presente invento e as lentes de contacto a serem desinfectadas podem ser adicionadas ao meio aquoso líquido essencialmente ao mesmo tempo. Esta característica diminui grandemente a quantidade de tempo e de cuidados de que o utilizador precisa para desinfectar eficazmente as suas lentes e destruir o peróxido de hidrogénio residual. Consegue-se uma melhor aceitação pelo utilizador e um maior grau de segurança do olho do utilizador. 0 presente invento proporciona uma característica de libertação retardada que permite que a lente de contacto seja eficazmente desinfectada pela acção do peróxido de hidrogénio antes da libertação do componente destruidor do peróxido de hidrogénio. Além disso a presente característica de libertação retardada é conseguida com a utilização de uma composição de revestimento relativamente simples e directa que facilita o fabrico das presentes composições e diminue o número de problemas potenciais que podem resultar da utilização destas composições. Os processos pelos quais são preparadas estas composições conseguem revestimento de libertação retardada que são altamente uniformes e, portanto, extremamente fiáveis na consecução das desejadas características de libertação retardada. Aliás, estes processos proprcionam, o componente destruidor do peróxido de hidrogénio, em especial catalase, e, de preferência, a enzima ou enzimas de limpeza, numa forma altamente activa de modo que tal componente ou componentes e, de preferência, tal enzima ou enzimas sejam capazes de desempenhar muito eficazmente o seu papel.
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Num aspecto lato, o presente invento está orientado para um processo de preparação de uma composição destruidora do peróxido de hidrogénio útil para destruir o peróxido de hidrogénio residual num meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio doravante denominado MLPH. Este processo inclue a obtenção de pelo menos um artigo contendo um componente destruidor do peróxido de hidrogénio, doravante denominado CDPH, eficaz quando libertado num MLPH para destruir ou provocar a destruição do peróxido de hidrogénio presente no MLPH; a aplicação, ao artigo ou artigos, de uma mistura compreendendo água, um componente cetona e um componente de revestimento solúvel em água numa quantidade suficiente para revestir o artigo ou artigos com a mistura e formar um artigo ou artigos pré-revestidos; e a remoção de pelo menos uma parte da água e do componente cetona do artigo ou artigos pré-revestidos. O artigo ou artigos revestidos que são formados incluem um revestimento barreira contendo o componente de revestimento solúvel em água. O revestimento barreira é estruturado para retardar a libertação do CDPH no MLPH durante um período de tempo após a introdução do artigo ou artigos no MLPH.
A composição incluindo um artigo e um revestimento barreira, preparada como acima se descreveu, é nova e apresenta vantagens substanciais. Por exemplo, a combinação de água e do componente cetona como um solvente para o componente de revestimento, segundo se verificou, dá revestimentos barreira com maior uniformidade, por exemplo, em relação aos revestimentos barreira derivados em que são utilizados apenas solventes orgânicos, do que resultam composições que tem características de libertação retardada muito boas. Além disso, nas composições que incluem catalase como um CDPH e/ou uma ou mais enzimas de limpeza, esta catalase e/ou a enzima ou enzimas de limpeza tem actividade muito elevada ou muito boa, por exemplo, actividade aumentada em relação às composições produzidas por outros processos tais como por aplicação do revestimento sob a forma de uma mistura de componente de revestimento e água ou álcool. Em resumo, o presente processo de preparação de composições destruidoras de peróxido de hidrogénio dá composições novas e muito eficazes.
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Consegue-se um processo para diminuir a concentração de peróxido de hidrogénio num MLPH, no qual este MLPH é posto em contacto com uma composição como a que é aqui descrita.
Além disso, proporciona-se um processo para desinfecção de uma lente, de preferência, uma lente de contacto. Este processo inclui pôr a lente a ser desinfectada com um MLPH sob condições eficazes de desinfecção de lentes para desinfectar a lente, o MLPH é também posto em contacto com uma composição tal como a que é aqui descrita. Esta composição, de preferência produz um meio aquoso líquido que não tem uma concentração prejudicial de peróxido de hidrogénio. Portanto, depois da composição ter actuado, a lente de contacto desinfectada pode ser retirada do meio aquoso líquido e posta imediatamente no olho. Se, para além disso, a lente de contacto é limpa enzimaticamente, é preferível que a lente seja enxaguada para a libertar de enzima ou enzimas de limpeza antes de ser colocada no olho.
Descrição Detalhada do Invento
O presente invento tem valor quando o peróxido de hidrogénio é utilizado para desinfectar todos os tipos de lentes, por exemplo, lentes de contacto, que são beneficiadas por meio de desinfecção periódica. Tais lentes, por exemplo, as lentes de contacto convencionais, e, em especial as lentes de contacto moles, podem ser feitas de qualquer material ou combinação de materiais apropriados e podem ter qualquer configuração apropriada não sendo sensivelmente prejudicada pelo peróxido de hidrogénio, pelas presentes composições ou pelos presentes processos.
presente invento é particularmente útil para destruir o peróxido de hidrogénio residual num MLPH que tenha sido usado para desinfectar uma lente de contacto.
meio líquido empregue para desinfectar uma lente de contacto no presente invento inclue uma quantidade desinfectante de peróxido de hidrogénio. De preferência, uma quantidade
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-8desinfectante de peróxido de hidrogénio significa uma quantidade que reduzirá a carga microbiana de um log em três horas. Ainda com maior preferência, a concentração de peróxido de hidrogénio é tal que a carga microbiana é reduzida da ordem de um log ao fim de uma hora. Particularmente preferidas são aquelas concentrações de peróxido de hidrogénio que reduzem a carga microbiana de uma unidade log em 10 minutos ou menos. São conhecidas soluções aquosas de peróxido de hidrogénio relativamente suaves, de preferência, contendo cerca de 0,5% a cerca de 6% de peróxido de hidrogénio (p/v), como soluções desinfectantes eficazes para lentes de contacto. Estas soluções são eficazes para matar bactérias e fungos que podem ser encontrados nas lentes de contacto. Contudo, uma vez que a lente de contacto tenha sido desinfectada por imersão no MLPH, o peróxido de hidrogénio residual, por exemplo sobre a lente, deve ser destruído para que a lente possa ser segura e confortavelmente usada sobre o olho. Se este peróxido de hidrogénio residual não é destruído antes da lente ser usada pode dar-se irritação no olho ou o seu uso ser desconfortável.
Assim, as presentes composições que, de preferência, são postas inicialmente em contacto com o MLPH substancialmente ao mesmo tempo que a lente de contacto a ser desinfectada, permitem uma eficaz desinfecção da lente e, ainda, destroiem eficazmente o peróxido de hidrogénio remanescente no MLPH de modo que a lente desinfectada pode ser tirada do meio líquido e colocada no olho para um uso seguro e confortável. A presente composição é de preferência apresentada na forma de pastilha embora outras formas, como pílulas, partículas, microgrânulos, pós e análogos possam ser empregues. A composição inclui, de preferência, pelo menos um artigo revestido, por exemplo, uma pastilha em camadas, uma partícula em camadas, um microgrânulo revestido e análogos, cada um dos quais inclui um artigo, por exemplo, um núcleo como uma pastilha núcleo e um revestimento barreira. 0 revestimento barreira inclui um componente de revestimento solúvel em água e, de preferência, envolve substancialmente o artigo que tem o CDPH. 0 artigo ou artigos constituem de preferência cerca de 40% a cerca de 99% em peso do total de artigo ou artigos mais o
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-9revestimento barreira ao passo que o revestimento barreira é de preferência cerca de 1% a cerca de 60% em peso do total de artigo ou artigos mais o revestimento barreira.
Qualquer CDPH apropriado por ser incluído nas presentes composições. Estes CDPH devem destruir eficazmente o peróxido de hidrogénio residual e não devem ter um indevido efeito nocivo sobre a lente desinfectada ou sobre o olho em que a lente desinfectada é colocada. Entre os CDPH úteis contam-se os agentes redutores de peróxido de hidrogénio, as enzimas úteis para destruir o peróxido de hidrogénio como as peroxidases e a catalase, e suas misturas.
Exemplos de agentes redutores do peróxido de hidrogénio que são úteis no presente invento são os tiosulfatos de metais alcalinos, em particular de sódio; tio-ureia; sulfitos de metais alcalinos, em particular de sódio; tioglicerol; N-acetilcisteína; formatos de metais alcalinos, em particular de sódio; ácido ascórbico; ácido iso-arcórbico; ácido glioxílico; ácido pirúvico; sais oftalmicamente aceitáveis, como os de metais alcalinos e, em particular, os sais de sódio dos ácidos referidos; suas misturas e análogos. Um CDPH particularmente útil é a catalase visto ser muitas vezes eficaz para eliminar substancialmente o peróxido de hidrogénio de um meio líquido num período de tempo razoável da ordem, por exemplo, de cerca de 1 minuto a cerca de 12 horas, de preferência, cerca de 5 minutos a cerca de 1 hora, depois de ter sido inicialmente libertada no MLPH. Uma importante vantagem do presente invento reside no facto do presente processo para preparar as composições ter pouco ou nenhum efeito noviço sobre a actividade do CDPH, especialmente sobre a catalase. Assim podem ser utilizadas quantidades relativamente reduzidas do CDPH relativamente caro para conseguir a mesma destruição do peróxido de hidrogénio e/ou o CDPH pode destruir mais rapidamente o peróxido de hidrogénio residual logo que o CDPH é libertado inicialmente no MLPH. A quantidade de CDPH empregue é de preferência suficiente para destruir todo o peróxido de hidrogénio presente no MLPH dentro do qual o CDPH é colocado. 0 CDPH pode ser empregue em excesso. Devem ser evitados excessos
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muito grandes de CDPH dado que o próprio CDPH pode provocar problemas com as lentes de contacto desinfectadas e/ou com capacidade de usar segura e confortavelmente estas lentes de contacto desinfectadas. Quando a catalase é empregue como CDPH, está de preferência presente numa quantidade de cerca de 100 a cerca de 1000, de preferência cerca de 150 a 700, unidades de actividade da catalase por mililitro de meio líquido. Por exemplo, uma quantidade particularmente útil de catalase para ser empregue numa solução aquosa contendo cerca de 3% (p/v) de peróxido de hidrogénio é cerca de 520 unidades de actividade da catalase/ml da solução.
CDPH pode ser combinado com um ou mais outros componentes, por exemplo, no pelo menos um artigo ou núcleo das presentes composições. Estes outros componentes podem incluir, por exemplo, cargas, ligadores, agentes de tonicidade; agentes condicionados/humidificadores das lentes de contacto, agentes de tamponamento, agentes lubrificantes e análogos. Cada um destes componentes, se estiver presente, pode estar presente numa quantidade eficaz para desempenhar a função ou funções para que são destinados. Os exemplos de cada um destes tipos de componentes são convencionais e bem conhecidos na arte. Portanto aqui não é apresentada uma descrição detalhada destes componentes. Uma pastilha núcleo contendo CDPH exemplificativa pode ter a composição seguinte:
CDPH
Carga
Agente de tonicidade Agente de tamponamento Agente lubrificante % em peso 1-30
15-90
1-90
1-50
0-30
Os agentes de tonicidade úteis incluem, mas não se limitam a cloreto de sódio, cloreto de potássio, manitol, dextrose, glicerina, propilenoglicol e suas misturas.
Os agentes condicionadores/humificadores das lentes de
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16860( AOC) -Portugal —11— contacto incluem, mas não se limitam a poli(álcool vinílico), polioxameros, polivinilpirrolidona, hidroxipropilmetilcelulose e suas misturas. Alguns dos presentes componentes de revestimento podem desempenhar uma ou outras mais funções úteis depois de dissolvidos no MLPH.
Os agentes de tamponamento úteis incluem, mas não estão limitados a tampões acetato, tampões citrato, tampões fosfato e tampões borato. Ácidos e bases podem ser utilizados para ajustar o pH das presentes composições conforme seja preciso.
Os agentes lubrificantes úteis incluem mas não se limitam a polialquilenoglicóis como os polietilenoglicóis, tendo de preferência massas moleculares da ordem de cerca de 500 a cerca de 10 000. Outros materiais convencionalmente usados como lubrificantes em pastilhas oftalmicamente aceitáveis podem ser empregues no presente invento.
A inclusão de um ou mais destes outros componentes nas presentes composições pode ser importante para facilitar o funcionamento destas composições e dos presentes processos. Por exemplo, pode ser conveniente manter o pH e/ou a osmolalidade do meio aquoso líquido dentro de certas gamas para, por exemplo, obter as actividades da enzima, a solubilidade do componente de revestimento e/ou a aceitação fisiológica preferidas. Um ou mais destes outros componentes podem ser incluídos na mistura que é aplicada ao artigo ou artigos e que permanece no artigo ou artigos revestidos. Aliás, este outro componente ou componentes podem ser incluídos nas presentes composições separados e independentes do artigo ou artigos revestidos.
Numa concretização útil, o CDPH é combinado com pelo menos uma enzima eficaz para remover destritos de uma lente de contacto. Entre os tipos de detritos que se formam sobre as lentes de contacto durante o seu uso normal contam-se detritos à base de proteína, detritos à base de mucina, detritos à base de lípidos e detritos à base de hidratos de carbono. Podem estar presentes um ou mais tipos de detritos numa só lente de contacto.
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-12A enzima empregue pode ser escolhida entre as enzimas activas para peróxido que são convencionalmente empregues na limpeza enzimática de lentes de contacto. Por exemplo, muitas das enzimas descritas por Huth e outros, Patente E.U.A. RE 32 672, e Karageozian e outros, Patente E.U.A. 3 910 296, são úteis no presente invento. Cada uma destas patentes é aqui incorporada na sua totalidade para referência. Entre as enzimas úteis contam-se as escolhidas entre as enzimas proteolíticas, as lipases, as enzimas carbolíticas e suas misturas.
As enzimas proteolíticas preferidas são as que estão substanciaimente isentas de grupos sulfidrilo ou ligações dissulfureto, cuja presença pode dar lugar a reacção com o oxigénio activo no MLPH diminuindo a actividade da enzima. Metalo-proteases, as enzimas que contêm um ião metálico divalente como o cálcio, o magnésio ou o zinco ligado à proteína, também podem ser usadas.
Um grupo mais preferido de enzimas proteolíticas são as proteases de serina, especialmente as derivadas de batérias Bacillus e Streptomvces e de bolores Aspergillus. Dentro deste agrupamento, as enzimas ainda mais preferidas são as proteases alcalinas derivadas denominadas genericamente enzimas subtilisina. Faz-se referência a Deayl. L, Moser P.W. e Wildi B.S. Proteases of the Genus Bacillus. II Alkaline Proteases, Biotechnology and Bioengineering, Vol. XII, pags. 213-249 (1970) e Keay L. e Moser P.W. Differentiation of Alkaline Proteases from Bacillus Species Biochemical and Biophysical Research Comm., Vol 34, Na 5, pags. 600-604 (1969).
As enzimas de subtilisina estão divididas em duas subclasses, Subtilisina A e Subtilisina B. No agrupamento Subtilisina A estão as enzimas derivadas de espécies como o B. subtilis, o B. licheniformis e o B. pumilis. Os organismos desta subclasse produzem pouca ou nenhuma protease ou amilase neutra. A subclasse Subtilisina B é constituída por enzimas derivadas de organismos como o B. Subtilis . o B. subtilis var.
amvlosacchariticus. B. amvloliauefaciens e B. subtilis NRRL
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-13//
B3411. Estes organismos produzem proteases e amilases neutras a um nível quase comparável com a sua produção de protease alcalina. Uma ou mais enzimas da subclasse subtilisina A são particularmente úteis.
Em adição, outras enzimas preferidas são, por exemplo, a pancreatina, a tripsina, a colagenase, a gueratinase, a carboxilase, a aminopeptidase, a elastase, a aspergilopeptidase A e B, a pronase E (de S. qriseus) e a dispase (de Bacillus po.lymyxa).
Deve ser utilizada na prática deste invento uma quantidade eficaz de enzima. Tal quantidade será aquela quantidade que efectua a remoção num tempo razoável (por exemplo, de um dia para o outro) de substancialmente todos ou, pelo menos, de um tipo de detritos de uma lente, detritos estes devidos ao uso normal. Este padrão é estabelecido com referência aos utilizadores de lentes de contacto com uma história de um padrão normal de depósitos de detritos nas lentes e não ao pequeníssimo grupo dos que pode ter, uma vez por outra, uma taxa de depósito de detritos significativamente aumentada de modo a ser recomendada esta limpeza todos os dias ou todos os dois ou três dias.
A quantidade de enzima necessária para se fazer um produto de limpeza eficaz dependerá de vários factores incluindo a actividade inerente da enzima e a extensão da sua interacção com o peróxido de hidrogénio presente.
Como medida básica, a solução de trabalho deve conter enzima suficiente para proporcionar cerca de 0,001 a cerca de 3 unidades Anson de actividade, de preferência cerca de 0,002 a cerca de 1 unidade Anson por tratamento de lente simples. Podem ser usadas quantidades maiores ou menores.
A actividade da enzima depende do pH de modo que para qualquer enzima existe uma gama particular de valores do pH dentro da qual a enzima funcionará melhor. A determinação desta gama pode ser feita facilmente por meio de técnicas conhecidas.
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-140 artigo ou artigos contendo CDPH são dotados com um revestimento de libertação retardada, um revestimento barreira. 0 presente revestimento barreira pode ser formulado e aplicado de modo que o período de tempo após a composição ser introduzida no MLPH, mas antes de qualquer CDPH ser libertado no MLPH seja controlado muito eficazmente. Depois deste período de tempo, o revestimento barreira dissolve-se suficientemente no MLPH para libertar rapidamente o CDPH, de preferência CDPH suficiente para destruir substancialmente todo o peróxido de hidrogénio residual ou remanescente no MLPH. As presentes composições são de preferência formuladas e estruturadas para retardar a liberdade do CDPH no MLPH durante um tempo suficiente para se desinfectar eficazmente uma lente de contacto e depois libertar o CDPH no MLPH para a rápida e previsível destruição do peróxido de hidrogénio residual.
presente revestimento de libertação retardada ou revestimento barreira é derivado de uma mistura compreendendo água, um componente cetona e um componente de revestimento solúvel em água. Esta mistura é aplicada ao artigo ou artigos contendo o CDPH numa quantidade suficiente para revestir o artigo ou artigos em particular substancialmente todo o artigo ou artigos e formar um artigo ou artigos pré-revestidos. Pelo menos parte da água e do componente cetona é removida do artigo ou artigos pré-revestidos para formar o artigo ou artigos revestidos com um revestimento barreira.
Os componentes de revestimento solúveis em água úteis no presente invento incluem aqueles componentes de revestimento que se dissolvem na água passado um período de tempo. 0 componente ou componentes de revestimento escolhidos para utilização não devem ter um efeito nocivo sensível na lente a ser tratada, na desinfecção e na limpeza da lente ou na pessoa em cujo olho a lente desinfectada/limpa vai ser colocada. 0 componente ou componentes de revestimento usados nos presentes revestimentos barreira e a quantidade ou espessura do revestimento barreira são de preferência escolhidos de modo que o revestimento barreira se dissolva no MLPH a uma taxa tal que o CDPH seja libertado no MLPH
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-15depois de um período de tempo suficiente para o peróxido de hidrogénio desinfectar a lente colocada no MLPH.
componente ou componentes de revestimento solúveis em água podem ser escolhidos entre materiais oftalmicamente aceitáveis, de preferência, materiais poliméricos que funcionem como aqui se descreve. Componentes de revestimento particularmente úteis incluem os derivados de celulose solúveis em água, os polímeros à base de metacrilato solúveis em água, os polímeros à base de vinilpirrolidona solúveis em água e suas misturas. Também podem ser usados polimeros mistos de éter de metilvinilo e anidrido de ácido maleico, e poli(álcoois vinílicos).
Os polímeros à base de metacrilato solúveis em água incluem polimeros derivados do ácido metacrílico e/ou esteres de ácido metacrílico. Os polimeros à base de vinilpirrolidona úteis no presente invento incluem polimeros derivados, no todo ou em parte, de vinilpirrolidona como a polivinilpirrolidona, derivados de polivinilpirrolidona como éteres, ésteres e suas misturas. Um exemplo específico de polimeros úteis à base de vinilpirrolidona, solúveis em água, é o poli(acetato de vinilpirrolidona), tal como o produto vendido pela BASF com a marca registada Kollidon VA-64. Polimeros à base de metacrilato solúveis em água, polimeros de vinilpirrolidona solúveis em água e as suas misturas são muito úteis, particularmente na formação de revestimentos que contêm um ou mais dos enzimas de limpeza úteis presentemente. Estes revestimentos frequentemente são finos e/ou rapidamente solubilizados no MLPH de modo a libertar a enzima ou enzimas de limpeza no MLPH pouco depois da composição ter o primeiro contacto com o MLPH para limpar a lente, enquanto ela está a ser desinfectada pela acção do peróxido de hidrogénio. Esta 1impeza/desinfecção simultânea da lente de contacto reduz o tempo global de tratamento da lente e pode actuar para melhorar o grau de limpeza conseguido.
Os componentes de revestimento solúveis em água mais preferidos compreendem pelo menos um derivado de celulose solúvel em água.
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Os derivados de celulose solúveis em água úteis no presente invento podem ser obtidos por derivação da celulose para se atingir o desejado grau de solubilidade na água. Grupos substitutos escolhidos entre os grupos hidrocarbilo e grupos hidrocarbilo substituídos são particularmente úteis para inclusão nos presentes derivados de celulose. Esses substitutos que incluem de 1 a cerca de 10 átomos de carbono e os grupos que incluem um grupo polar, como um grupo hidroxilo, um grupo carbonilo, um grupo carboxilo e análogos, são muito eficazes para darem derivados de celulose com a desejada solubilidade na água. Estes derivados de celulose solúveis em água podem ser produzidos empregando técnicas de química orgânica convencionais e bem conhecidas.
Numa concretização, os derivados de celulose solúveis em água são escolhidos entre os éteres de celulose solúveis em água, os ésteres de celulose solúveis em água e as suas misturas, de preferência entre os éteres de celulose solúveis em água e suas misturas. Exemplos de ésteres de celulose solúveis em água incluem o ftalato-acetato de celulose, o ftalato de hidroxipropilmetilcelulose e análogos.
Os éteres alquilícos e/ou hidroxialquilícos de celulose solúveis em água contam-se entre os éteres de celulose solúveis em água que podem ser empregados. Os grupos alquilo de preferência têm 1 a 6, e com maior preferência de 1 a cerca de 3 ou 4 átomos de carbono. Exemplos específicos de eteres de celulose solúveis em água úteis incluem a hidroxipropilmetilcelulose, a etilcelulose, a metilcelulose, a hidroxietilmetilcelulose, a hidroxipropilmetilcelulose, a hidroxietilcelulose, sais metálicos de éteres de celulose, em particular de metais alcalinos como a carboximetilcelulose de sódio e análogos e suas misturas. Um derivado de celulose solúvel em água particularmente útil é a hidroxipropilmetilcelulose.
componente ou componentes cetona úteis no presente invento são escolhidos para darem revestimentos barreira eficazes e não terem um efeito nocivo sensível sobre a actividade do CDPH, em
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particular a catalase, ou sobre a actividade da enzima ou enzimas de limpeza, se existirem, presentes na presente composição. 0 componente ou componentes de cetona têm a estrutura cetónica característica e são escolhidos de preferência entre as cetonas que tem 3 a cerca de 6 átomos de carbono por molécula. 0 componente ou componentes cetona podem incluir um ou mais grupos substituintes desde que este grupo ou grupos não interfiram substancialmente com o funcionamento do componente ou componentes cetona no presente invento. Exemplos específicos de componentes cetona úteis incluem a acetona, a metiletilcetona, a metilisobutilcetona e análogos e suas misturas.
As quantidades relativas de água, componente cetona e componente de revestimento solúvel em água, empregues no presente invento são de preferência escolhidas de modo a serem conseguidos revestimentos barreira eficazes com pouca ou nenhuma degradação da actividade do CDPH e do enzima ou enzimas de limpeza, se presentes. Com maior preferência, a água está presente na mistura numa quantidade menor, isto é, inferior a cerca de 50% (v/v) e o componente cetona está presente na mistura numa quantidade maior, isto é, superior a 50% (v/v) da quantidade total de água e componente cetona presentes na mistura. Verificou-se que concentrações de água relativamente altas têm um efeito nocivo sobre a actividade do CDPH, em particular sobre a catalase, no artigo ou artigos. Por este motivo é ainda mais preferido incluir não mais de cerca de 20% (v/v) de água na mistura. Contudo, de preferência, na mistura está presente água suficiente para assegurar que os componentes de revestimento solúveis em áqua estejam completamente solubilizados na mistura. Com o componente de revestimento completamente solubilizado na mistura, o revestimento barreira tem boa uniformidade, por exemplo, espessura substancialmente uniforme e tem características de libertação retardada fiáveis e previsíveis. Os artigos revestidos produzidos a partir de misturas sem água tendem a ter revestimentos barreira menos uniformes e têm características de libertação retardada menos fiáveis e previsíveis.
A quantidade de componente de revestimento solúvel em água
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-18incluída na mistura é tal que forma um revestimento barreira sobre o artigo ou artigos com as desejadas características de libertação retardada. De preferência, a quantidade deste componente de revestimento é tal que fica completamente solubilizado na mistura. Numa concretização, a quantidade de componente de revestimento presente na mistura é da ordem de cerca de 0,1% a cerca de 20%, de preferência, cerca de 0,2% a cerca de 10% e, com maior preferência, cerca de 0,5% a cerca de 5% (p/v) da mistura total.
Uma mistura particularmente útil inclui 3% (p/v) de hidroxipropilmetilcelulose num meio líquido de 90% (v/v) de acetona e 10% (v/v) de água.
A mistura pode incluir um ou mais outros componentes que actuam, por exemplo, para facilitar a aplicação da mistura ao artigo ou artigos, para facilitar a remoção da água e/ou do componente ou componentes cetona do núcleo pré-revestido, e/ou para proporcionar um revestimento barreira com uma ou mais propriedades úteis e/ou componentes que são úteis para tratar a lente quando libertado no MLPH. Por exemplo, a mistura pode incluir um ou mais agentes lubrificantes e/ou agentes de prevenção de depósitos para ajudar a manter a integridade do revestimento barreira e a reduzir a formação de depósitos no meio aquoso líquido em que a composição é utilizada.
Numa concretização particularmente útil, uma ou mais enzimas de limpeza, como foram descritas anteriormente, são incluídas na mistura de modo que o revestimento barreira inclua uma quantidade desta enzima ou enzimas, eficaz para remover pelo menos um tipo de detritos de uma lente de contacto quando libertada dentro do MLPH. As enzimas particularmente úteis para esta concretização do presente invento são as enzimas proteolíticas activas para peróxido como as descritas por Huth e outros na patente E.U.A. RE 32 672. A subtilisina A é uma enzima de limpeza particularmente útil para inclusão na presente mistura e revestimento barreira.
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—19— .-sjg# ts Em alternativa o artigo ou artigos revestidos podem ser ainda revestidos com um revestimento exterior contendo a enzima de limpeza para formar um artigo revestido exteriormente, ou artigos revestidos exteriormente, estruturados para libertar a enzima de limpeza no MLPH relativamente pouco depois, ou mesmo substancialmente ao mesmo tempo que o artigo ou artigos revestidos exteriormente são postos inicialmente em contacto com o MLPH. Nesta concretização, a enzima de limpeza é localizada separada e afastada do revestimento barreira principal da composição. 0 revestimento exterior pode ser feito combinando a enzima de limpeza com a presente mistura útil, aplicando este material ao artigo ou artigos revestidos e removendo pelo menos uma parte da água e do componente ou componentes cetona. A enzima de limpeza pode ser aplicada ao artigo ou artigos revestidos, isolada ou em conjunto com um material diferente dos presentemente úteis componentes de revestimento solúveis em água. Por exemplo, outros materiais solúveis em água podem ser combinados com a enzima de limpeza e aplicados ao artigo ou artigos revestidos para formar o artigo ou artigos revestidos exteriormente. Contudo, numa concretização útil, a enzima de limpeza é aplicada ao artigo ou artigos revestidos como uma mistura compreendendo água, um componente cetona, a enzima ou enzimas de limpeza e um ou mais dos presentemente úteis componentes de revestimento, com maior preferência, escolhidos entre os polímeros à base de metacrilato, polímeros à base de vinilpirrolidona e suas misturas. Em certos casos, por exemplo, quando o componente de revestimento é relativamente higroscópico, um revestimento protector final, por exemplo, incluindo um ou mais derivados de celulose solúveis em água pode ser aplicado ao artigo ou artigos revestidos ou revestidos exteriormente, em particular, utilizando o processo do presente invento, para proteger o artigo ou artigos revestidos ou revestidos exteriormente durante a armazenagem. Este revestimento protector, que é muitas vezes relativamente fino, dissolve-se rapidamente no meio aquoso líquido, de preferência substancialmente de imediato, após o artigo ou artigos protegidos terem o primeiro contacto com o meio aquoso líquido.
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A mistura, de preferência uma solução líquida, pode ser aplicada ao artigo ou artigos empregando qualquer técnica convencional em uso para, por exemplo, aplicar um precursor líquido de um revestimento de libertação retardada a um artigo como uma pastilha, pílula, microgrânulo, pó ou análogos. Por exemplo, a mistura pode ser pulverizada sobre o artigo ou artigos. Em alternativa, o artigo ou artigos podem ser mergulhados na mistura. As técnicas convencionais de leito fluidificado também podem ser utilizadas. De qualquer modo, este passo de aplicação é eficaz para produzir ou formar um artigo ou artigos pré-revestidos.
artigo ou artigos pré-revestidos são submetidos a condições eficazes para eliminar, por exemplo evaporar pelo menos parte da água e do componente cetona do artigo ou artigos pré-revestidos e formar o artigo ou artigos revestidos. Tais condições incluem, por exemplo, temperaturas ambientes ou ligeiramente elevadas.
Nos casos do produto final, por exemplo uma pastilha, deve incluir uma pluralidade de artigos revestidos ou revestidos exteriormente, as técnicas convencionais de fabrico de pastilhas, especialmente as técnicas de fabrico de pastilhas por compressão podem ser empregues para formar o produto final. Por exemplo, uma pluralidade de artigos revestidos e/ou revestidos exteriormente, na forma de microgrânulos, pode ser incluída numa pastilha produto final utilizando uma prensa convencional de comprimir pastilhas. Um ou mais componentes convencionais no fabrico de pastilhas, por exemplo, cargas, agentes de encorpamento, lubrificantes e análogos, bem como um ou mais dos outros componentes anteriormente mencionados, podem ser incluídos na pastilha produto final. Além disso, um ou mais enzimas de limpeza, como os aqui descritos podem ser incluídos separados e independentemente dos presentes artigos revestidos ou revestidos exteriormente, por exemplo, com os componentes convencionais de fabrico de pastilhas e outros. Quando a pastilha produto final é introduzida no meio aquoso líquido, por exemplo um MLPH, a enzima ou enzimas de limpeza são libertadas muito rapidamente
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-21para limparem as lentes de contacto de detritos no meio aquoso líquido, enquanto o revestimento barreira sobre os artigos revestidos ou revestidos exteriormente retarda a libertação do CDPH. Esta concretização é particularmente eficaz quando são usados os artigos revestidos não incluindo enzima ou enzimas de limpeza. A utilização de uma pastilha produto final incluindo uma pluralidade de artigos revestidos, por exemplo microgrânulos, elimina a necessidade de revestir a pastilha produto final como um todo e proporciona muito eficazmente a limpeza enzimática e a desinfecção com peróxido de hidrogénio simultâneas das lentes de contacto.
presente processo de desinfectar uma lente, de preferência uma lente de contacto, inclue pôr a lente a ser desinfectada em contacto com um MLPH sob condições eficazes para desinfectar lentes. 0 MLPH é posto em contacto com uma composição que inclue um artigo ou artigos revestidos contendo um CDPH e um revestimento barreira, como os aqui descritos, utilizando este processo, a lente é desinfectada e o peróxido de hidrogénio residual no MLPH é eficazmente destruído. Assim, depois do CDPH ter sido libertado no MLPH e actuar para destruir efectivamente o peróxido de hidrogénio residual, a lente pode ser segura e confortavelmente tirada directamente do meio líquido em que foi desinfectada. Se, como é preferido, a lente de contacto é limpa enzimaticamente além de ser desinfectada, a lente limpa/desinfectada é de preferência enxaguada para a libertar da enzima ou enzimas de limpeza antes de ser colocada no olho.
Numa concretização particularmente útil, a lente de contacto a ser desinfectada é colocada dentro do MLPH substancialmente ao mesmo tempo que a presente composição. Depois de um período de tempo predeterminado, durante o qual a lente de contacto é desinfectada, o CDPH é libertado no MLPH e destrói eficazmente o peróxido de hidrogénio residual.
No caso de estar presente na composição uma enzima de remoção ou limpeza de detritos, a lente de contacto no meio líquido é também eficazmente limpa de pelo menos um tipo de detritos. Esta 406 ' .
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-22acção de limpeza pode ocorrer quer enquanto a lente está a ser desinfectada, por exemplo, se a enzima é libertada no MLPH quando a composição é inicialmente posta em contacto com o MLPH, ou um pouco depois disso, ou antes do CDPH ser libertado no MLPH; ou depois da lente ser desinfectada, por exemplo, se a enzima é libertada dentro do MLPH quando o CDPH é libertado no MLPH ou depois disso. De preferência, a lente é limpa enquanto está a ser desinfectada.
Prefere-se que o CDPH não seja libertado no MLPH até a lente ter estado mergulhada no MLPH durante um tempo suficiente, mais preferivelmente na gama de cerca de 1 minuto a cerca de 4 horas e ainda mais preferivelmente da ordem de cerca de 5 minutos a cerca de l hora, para se desinfectar eficazmente a lente. Também se prefere que substancialmente todo o peróxido de hidrogénio residual no MLPH seja destruído em menos de cerca de 3 horas, mais preferivelmente em menos de cerca de 1 hora e ainda mais preferivelmente em menos de cerca de 30 minutos, depois do CDPH ser inicialmente libertado dentro do MLPH.
contacto desinfectante dá-se, de preferência, a uma temperatura que mantenha o meio líquido substancialmente líquido. Por exemplo, quando o meio líquido é à base de água, prefere-se que a temperatura de contacto esteja na gama de cerca de 0°C a cerca de 100°C e, mais preferivelmente, na gama de cerca de 10°C a cerca de 60°C e, ainda mais preferivelmente, da gama de cerca de 15°C a cerca de 30°C. 0 contacto à temperatura ambiente, ou na proximidade desta, é muito conveniente e útil. 0 contacto de preferência ocorre à pressão atmosférica ou na proximidade desta. Este contacto, de preferência, dá-se durante um tempo para essencialmente desinfectar completamente a lente a ser tratada. Estes tempos de contacto podem estar na gama de cerca de 1 minuto a cerca de 12 horas ou mais.
Os seguintes exemplos não limitativos ilustram certos aspectos do presente invento.
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-23EXEMPLO 1
Uma pastilha de duas camadas, tendo uma pastilha núcleo envolvida por um revestimento foi preparada para ser testada. A pastilha núcleo e o revestimento tinham as composições seguintes:
PASTILHA NÚCLEO
Catalase cristalina (1) 1,5 mg
Cloreto de sódio 89,4 mg
Fosfato de sódio dibásico
(anidro) 12,5 mg
Fosfato de sódio monobásico
(mono-hidrato) 0,87 mg
Polietilenoglicol (massa mole-
cular de cerca de 3350) 1,05 mg
REVESTIMENTO
Hidroxipropilmetilcelulose 3 a 6 mg (1) A quantidade de catalase adicionada foi determinada por meio de ensaio da carga do produto a ser usado. A pastilha preparada continha cerca de 5200 unidades de actividade de catalase.
revestimento foi aplicado à pastilha núcleo da seguinte maneira. A hidroxipropilmetilcelulose foi dissolvida num veículo líquido contendo 90% (v/v) de acetona e 10% (v/v) de água. A formulação final incluía 3% (p/v) de hidroxipropilmetilcelulose. Utilizando um revestidor Glatt de leito fluidificado/suspensão de ar, a pastilha núcleo foi revestida com a formulação final. Depois de secagem para eliminar a água e a acetona, a pastilha em camadas ou revestida incluía hidroxipropilmetilcelulose suficiente para proporcionar as desejadas características de libertação retardada sem indevidamente afectar nocivamente, por exemplo, desactivar a catalase no núcleo.
Uma série de (20) vinte pastilhas em camadas preparadas como acima se descreveu foram testadas para determinar a sua eficácia na destruição do peróxido de hidrogénio. Este teste foi realizado
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-24da maneira seguinte: 10 ml de uma solução aquosa a 3% (p/v) de peróxido de hidrogénio são usados à temperatura ambiente. A pastilha em camadas foi introduzida dentro da solução e foram feitas medições periódicas da quantidade de oxigénio libertado da solução. A quantidade de oxigénio libertado foi utilizada para determinar a concentração de peróxido de hidrogénio remanescente na solução.
Os resultados destes ensaios foram os seguintes:
Tempo após Introdução Gama de Concentrações de da Pastilha na Solução Peróxido em Solução para min (20) Vinte pastilhas % p/v
3,0
2,85-3,0
2,7 -2,95
2,1 -2,8 1,0 -2,4 0,1 -1,7 0,0 -1,0 0,0 -0,6 0,0 -0,2
Estes resultados põem em evidência que o revestimento eficazmente retarda a libertação da catalase durante um tempo suficiente para permitir a acção do peróxido de hidrogénio na solução aquosa para desinfectar eficazmente uma lente de contacto que é introduzida dentro da solução ao mesmo tempo que a pastilha em camadas é introduzida. Além disso, estes resultados põem em evidência que o peróxido de hidrogénio na solução pode essencialmente ser completamente destruído pela catalase muito rápida e muito completamente depois da libertação da catalase de modo que a lente de contacto desinfectada pode ser retirada desta solução e colocada directamente num olho humano para uso seguro e confortável.
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-25EXEMPLO 2
Uma pastilha de três camadas, tendo uma pastilha núcleo envolvida por duas camadas de revestimento foi preparada para ser ensaiada. A pastilha núcleo tinha as composições seguintes:
PASTILHA NÚCLEO
Catalase cristalina (1) 1,5 mg
Cloreto de sódio 89,4 mg
Fosfato de sódio dibásico
(anidro) 12,5 mg
Fosfato de sódio monobásico
(mono-hidrato) 0,87 mg
Polietilenoglicol (massa mole-
cular de cerca de 3350) 1,05 mg
REVESTIMENTO
Hidroxipropilmetilcelulose 3 a 6 mg (1) A quantidade de catalase adicionada foi determinada por meio de ensaio da carga do produto a ser usado. A pastilha preparada continha cerca de 5200 unidades de actividade da catalase.
O revestimento foi aplicado à pastilha núcleo da maneira seguinte. A primeira fórmula de aspersão foi derivada dissolvendo hidroxipropilmetilcelulose num veículo líquido contendo 85% (v/v) de acetona e 15% (v/v) de água. A primeira composição de pulverização incluía 3% (p/v) de hidroxipropilmetilcelulose. A segunda formulação de pulverização foi derivada dissolvendo hidroxipropilmetilcelulose e a enzima Suhtilisina A no supramencionado veículo líquido. Esta segunda formulação de pulverização incluía 3% (p/v) de hidroxipropilmetilcelulose e 0,05 a 0,1 unidades/ml da enzima Suhtilisina A. Empregando-se um revestidor Glatt de leito fluidificado/suspensão de ar, a pastilha núcleo foi revestida com a primeira formulação. Após secagem, a pastilha em duas camadas foi pulverizada com a segunda formulação empregando o supramencionado sistema. Após secagem, a
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-26pastilha em (3) três camadas incluía a enzima Subtilisina A suficiente para limpar a lente de contacto de detritos proteicos e a hidroxipropilmetilcelulose suficiente para conferir as desejadas características de libertação retardada sem indevidamente afectar nocivamente, por exemplo desactivando, a catalase no núcleo.
Uma série de (20) vinte pastilhas em camadas preparadas como acima se descreveu foram testadas para determinar a sua eficácia na destruição do peróxido de hidrogénio. Este teste foi realizado da maneira seguinte: 10 ml de uma solução aquosa de peróxido de hidrogénio a 3% (p/v) foram usados à temperatura ambiente. A pastilha em camadas foi introduzida na solução e fizeram-se medições periódicas da quantidade de oxigénio libertado da solução. A quantidade de oxigénio libertado foi usada para determinar a concentração de peróxido de hidrogénio remanescente na solução.
Os resultados destes testes foram os seguintes:
Tempo após Introdução da Pastilha na Solução min
Gama de Concentrações de Peróxido em Solução para (20) Vinte Pastilhas % p/v
3,0
2,85-3,0
2,7 -2,95
2,1 -2,8 1,0 -2,4 0/1 -1/7 0,0 -1,0 0,0 -0,6 0,0 -0,2
Estes resultados põem em evidência que o revestimento retarda eficazmente a libertação da catalase durante um tempo suficiente para permitir a acção do peróxido de hidrogénio na solução aquosa para desinfectar eficazmente uma lente de contacto
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-27que é introduzida dentro da solução ao mesmo tempo que a pastilha em camadas é introduzida. Além disso, estes resultados põem em evidência que o peróxido de hidrogénio na solução pode essencialmente ser completamente destruído pela catalase muito rápida e muito completamente depois da libertação da catalase de modo que a lente de contacto desinfectada pode ser retirada desta solução e colocada directamente num olho humano para uso seguro e confortável.
EXEMPLO 3
Uma pastilha em camadas de harmonia com o exemplo 1 é utilizada para desinfectar uma lente de contacto mole convencional da maneira seguinte: 10 ml de uma solução aquosa de peróxido de hidrogénio a 3% (p/v) foram usados à temperatura ambiente. A lente de contacto a ser desinfectada e a pastilha em camadas são colocadas na solução ao mesmo tempo. Durante aproximadamente (10) dez minutos a solução permanece essencialmente calma, isto é, essencialmente não há borbulhamento (libertação de gás). Durante os seguintes 20 a 25 minutos aproximadamente, a solução borbulha. Passado este período de tempo, a solução torna-se calma e assim permanece. Uma hora depois da lente de contacto ter sido introduzida inicialmente na solução, é retirada desta solução e colocada directamente no olho do utilizador. Verificou-se que passada uma hora a lente está efectivamente desinfectada. Também o utilizador da lente não sente desconforto nem irritação no olho devido ao uso da lente de contacto desinfectada. 0 borbulhar da solução dá indicação de que a destruição do peróxido de hidrogénio se está a dar. Uma indicação de que a destruição do peróxido de hidrogénio está completa é dada pela paragem do borbulhar.
EXEMPLO 4
Uma pastilha em camadas de harmonia com o exemplo 2 é utilizada para desinfectar e limpar uma lente de contacto mole carregada com detritos à base de proteína da seguinte maneira: 10 ml de solução aquosa de peróxido de hidrogénio a 3% (p/v) são
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-28usados à temperatura ambiente. A lente de contacto a ser desinfectada e limpa e a pastilha em camadas contendo a enzima são colocadas na solução ao mesmo tempo. Durante aproximadamente (10) dez minutos a solução permanece essencialmente calma. Durante os seguintes 20 a 25 minutos aproximadamente, a solução borbulha. Passado este período de tempo, a solução torna-se calma e assim permanece. Uma hora depois da lente de contacto ter sido inicialmente introduzida na solução, é retirada desta solução, enxaguada com solução salina fisiológico para se eliminar a subtilisina A e colocada no olho do utilizador. Ao fim de uma hora verificou-se que a lente está efectivamente desinfectada e limpa de detritos à base de proteína. 0 utilizador da lente não sente desconforto nem irritação do olho proveniente do uso da lente de contacto desinfectada e limpa.
EXEMPLO 5
Uma pastilha de compressão directa contendo microgrânulos contendo catalase é preparada da maneira seguinte:
Microgrânulos compostos de cloreto de sódio, sacarose e catalase são preparados utilizando técnicas convencionais de granulação. A razão ponderai do cloreto de sódio para a sacarose nos microgrânulos é de 110 para 1. Os microgrânulos incluem cerca de 60 unidades de catalase por miligrama de cloreto de sódio mais sacarose.
A hidroxipropilmetilcelulose é dissolvida num veículo líquido contendo 90% (v/v) de acetona e 10% (v/v) de água. A formulação final contém 3% (p/v) de hidroxipropilmetilcelulose. Esta formulação é pulverizada sobre os microgrânulos e reveste estes microgrânulos. Depois de secagem para eliminar a água e a acetona, os microgrânulos finais revestidos incluem um revestimento de hidroxipropilmetilcelulose numa quantidade suficiente para dar as desejadas características de libertação retardada sem indevidamente afectar nocivamente, por exemplo desactivando, a catalase no núcleo dos microgrânulos. Os microgrânulos revestidos incluem cerca de 5% em peso de
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16860(AOC)-Portugal hidroxipropilmetilcelulose.
A pastilha de compressão directa tem a seguinte composição:
Microgrânulos revestidos 44 mg
Cloreto de sódio 48 mg
Fosfato de sódio dibásico
(anidro) 12,5 mg
Fosfato de sódio monobásico
(mono-hidrato) 0,87 mg
Polietilenoglicol (massa mo-
lecular de cerca de 3350) 1,05 mg
Estes componentes são combinados e misturados. A mistura resultante é processada numa prensa convencional de fazer pastilhas para se formar a pastilha de compressão directa final.
EXEMPLO 6
A pastilha de compressão directa preparada como no exemplo 5 é utilizada para desinfectar uma lente de contacto mole convencional da maneira seguinte. 10 ml de uma solução aquosa de peróxido de hidrogénio a 3% (p/v) são usados à temperatura ambiente. A lente de contacto a ser desinfectada e a pastilha de compressão directa são colocadas na solução ao mesmo tempo. Durante aproximadamente (10) dez minutos a solução permanece essencialmente calma, isto é, essencialmente sem ocorrer borbulhamento (libertação de gás). Durante os seguintes 20 a 25 minutos aproximadamente, a solução borbulha. Depois deste período de tempo a solução torna-se calma e assim permanece. Uma hora depois da lente de contacto ter sido inicialmente introduzida na solução é retirada da solução e colocada directamente no olho do utilizador. Verificou-se que após uma hora a lente de contacto estava efectivamente desinfectada. Também, o utilizador da lente não sente desconforto ou irritação no olho devido ao uso da lente de contacto desinfectada. 0 borbulhar da solução dá indicação que a destruição do peróxido de hidrogénio se está a dar. Uma indicação de que a destruição do peróxido de hidrogénio está
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-30completa é dada pela paragem do borbulhar.
EXEMPLO 7
O exemplo 5 é repetido com a excepção de a pastilha de compressão directa incluir 0,03 unidades de subtilina A (0,1 mg). Esta enzima proteolítica é adicionada à mistura sob a forma de pó antes da formação da pastilha.
EXEMPLO 8
A pastilha de compressão directa preparada como no exemplo 7 é utilizada para desinfectar e limpar uma lente de contacto mole carregada com detritos à base de proteína da maneira seguinte. 10 ml de uma solução aquosa de peróxido de hidrogénio a 3% (p/v) são usados à temperatura ambiente. A lente de contacto a ser desinfectada e limpa e a pastilha de compressão directa são colocadas na solução ao mesmo tempo. Durante aproximadamente (10) dez minutos a solução permanece essencialmente calma. Durante os seguintes 20 a 25 minutos aproximadamente a solução borbulha. Depois deste período de tempo, a solução torna-se calma e assim permanece. Uma hora depois da lente de contacto ter sido inicialmente introduzida na solução é retirada da solução, enxaguada com solução salina fisiológica para se eliminar a subtilisina A e colocada no olho do utilizador. Verificou-se que passada uma hora a lente de contacto está efectivamente desinfectada e limpa de detritos à base de proteína. 0 utilizador da lente não sente desconforto ou irritação no olho devido ao uso da lente de contacto desinfectada e limpa.
EXEMPLO 9 exemplo 2 é repetido com a excepção de a segunda formulação de pulverização ser derivada dissolvendo acetato de polivinilpirrolidona (vendido pela BASF com a marca registada Kollidon VA-64) e subtilisina A num veículo líquido contendo 85% (v/v) de acetona e 15% (v/v) de água. Depois de secagem, a pastilha em (3) três camadas inclui 1 a 2 mg de acetato de / /
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polivinilpirrolidona e cerca de 0,003 unidades da enzima subtilisina A, o suficiente para limpar a lente de contacto de detritos proteicos. Esta pastilha também inclui hidroxipropilmetilcelulose suficiente para dar as desejadas características de libertação retardada sem indevidamente afectar nocivamente, por exemplo desactivando, a catalase no núcleo.
EXEMPLO 10
O exemplo 4 é repetido com a excepção da pastilha em camadas preparada no exemplo 9 ser utilizada em vez da pastilha de harmonia com o exemplo 2. Verificou-se que após uma hora, a lente de contacto está efectivamente desinfectada e limpa de detritos à base de proteína. 0 utilizador da lente não sente desconforto nem irritação devido ao uso da lente desinfectada e limpa.
EXEMPLO 11
O exemplo 9 é repetido com a excepção da pastilha em (3) três camadas ser ainda revestida com uma pequena quantidade de hidroxipropilmetilcelulose como revestimento de acabamento. Uma terceira formulação de pulverização é derivada dissolvendo hidroxipropilmetilcelulose num veículo líquido contendo 85% (v/v) de acetona e 15% (v/v) de água. Utilizando um revestidor Glatt de leito fluidificado/suspensão em ar, a pastilha em (3) camadas é revestida com a terceira formulação de pulverização. Após secagem, a pastilha em (4) quatro camadas resultante tem essencialmente todos os atributos da pastilha em (3) três camadas do exemplo 9. Em adição, o revestimento exterior de hidroxipropilmetilcelulose actua para proteger as porções interiores da pastilha, por exemplo, da humidade. Esta camada protectora exterior é particularmente útil quando a terceira camada inclui um material um pouco higroscópico como um acetato de polivinilpirrolidona.
EXEMPLO 12 exemplo 4 foi repetido com excepção da pastilha em camadas
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-32preparada no exemplo 11 ser utilizada em vez da pastilha de harmonia com o exemplo 2. Verificou-se que, passada uma hora, a lente de contacto está efectivamente desinfectada e limpa de detritos à base de proteína. O utilizador da lente não sente desconforto ou irritação no olho devido ao uso da lente de contacto desinfectada e limpa.
Embora o invento tenha sido descrito em referência a diversos exemplos e concretizações específicos deve compreender-se que o invento não se limita a eles e pode ser posto em prática de forma diferente dentro do âmbito definido nas reivindicações seguintes.

Claims (17)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1 - Processo de produção de uma composição destruidora do peróxido de hidrogénio, útil na destruição do peróxido de hidrogénio residual num meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio, caracterizado por compreender:
    o fornecimento de pelo menos um artigo contendo um componente destruidor do peróxido de hidrogénio, eficaz quando libertado num meio líquido contendo peróxido de hidrogénio, para destruir ou provocar a destruição do peróxido de hidrogénio presente no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio; e a aplicação, ao referido pelo menos um artigo, de uma mistura compreendendo água, um componente cetona e um componente de revestimento solúvel em água numa quantidade suficiente para revestir substancialmente todo o referido pelo menos um artigo com a referida mistura e formar pelo menos um artigo pré-revestido; e a remoção da água e do referido componente cetona do referido pelo menos um artigo pré-revestido e formação de pelo menos um artigo revestido que inclui um revestimento contendo o referido componente de revestimento solúvel em água e que está estruturado de modo a retardar a libertação do referido componente destruidor do peróxido de hidrogénio no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio durante um certo período de tempo após o referido pelo menos um artigo revestido ser introduzido no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio.
  2. 2 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida mistura compreender uma quantidade menor, em volume, de água e uma quantidade maior, em volume, do referido componente cetona em relação ao total de água e do referido componente cetona presentes na referida mistura e por o referido componente de revestimento solúvel em água ser escolhido de entre o grupo constituído por derivados da celulose solúveis em água, polímeros à base de metacrilato solúveis em água, polímeros à base de vinilpirrolidona solúveis em água e suas misturas.
  3. 3 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido componente cetona ter até cerca de 6 átomos de
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    -34carbono por molécula e o referido componente de revestimento solúvel em água ser escolhido de entre o grupo constituído por éteres celulósicos solúveis em água, ésteres celulósicos solúveis em água e suas misturas.
  4. 4 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido componente cetona ser a acetona e o referido pelo menos um material de revestimento solúvel em água ser a hidroxipropilmetilcelulose.
  5. 5 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido componente destruidor do peróxido de hidrogénio compreender a catalase e a referida mistura compreender cerca de 20% ou menos, em volume, de água.
  6. 6 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida mistura compreender ainda pelo menos uma enzima capaz de remover pelo menos um tipo de detrito de uma lente de contacto colocada no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio, compreendendo o referido artigo revestido a referida pelo menos uma enzima.
  7. 7 - Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o referido pelo menos um artigo revestido ser estruturado de modo a libertar a referida pelo menos uma enzima no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio antes do referido componente destruidor do peróxido de hidrogénio ser libertado no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio.
  8. 8 - Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a referida pelo menos uma enzima ser subtilisina A, o referido componente destruidor do peróxido de hidrogénio compreender catalase, o referido componente de revestimento solúvel em água ser hidroxipropilmetilcelulose, o referido componente cetona ser acetona e a referida mistura compreender cerca de 20% ou menos, em volume, de água.
  9. 9 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado
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    -35(f por compreender ainda:
    a aplicação ao referido pelo menos um artigo revestido de uma segunda mistura compreendendo água, um segundo componente cetona, um segundo componente de revestimento solúvel em água e pelo menos uma enzima capaz de remover pelo menos um tipo de detrito de uma lente de contacto colocada no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio, para revestir substancialmente todo o referido pelo menos um artigo revestido, com a referida segunda mistura e formar pelo menos um segundo artigo pré-revestido; e a remoção de água e do referido segundo componente cetona do referido pelo menos um segundo artigo pré-revestido e a formação de pelo menos um segundo artigo revestido que inclui um segundo revestimento contendo o referido segundo componente de revestimento e a referida pelo menos uma enzima, sendo o referido pelo menos um segundo artigo revestido estruturado de modo a libertar a referida enzima no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio, antes do referido componente destruidor do peróxido de hidrogénio ser libertado no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio.
  10. 10 - Processo de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a referida segunda mistura compreender uma quantidade menor, em volume, de água e uma quantidade maior, em volume, do referido segundo componente cetona, em relação ao total de água e do referido segundo componente cetona, presentes na referida segunda mistura, e por o referido segundo componente de revestimento solúvel em água ser escolhido de entre o grupo constituído por derivados da celulose solúveis em água, polímeros à base de metacrilato solúveis em água, polímeros à base de vinilpirrolidona solúveis em água e suas misturas.
  11. 11 - Processo de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por o referido componente destruidor de peróxido de hidrogénio compreender catalase.
  12. 12 - Processo de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a referida pelo menos uma enzima ser subtilisina A, o refe73 406 A
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    -36- - 'Λrido componente destruidor do peróxido de hidrogénio compreender catalase, o referido segundo componente de revestimento solúvel em água ser hidroxipropilmetilcelulose, o referido segundo componente cetona ser acetona e a referida segunda mistura compreender cerca de 20% ou menos em volume de água.
  13. 13 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender ainda:
    a combinação de uma pluralidade dos referidos artigos revestidos e de pelo menos uma enzima capaz de remover pelo menos um tipo de detrito de uma lente de contacto colocada no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio para formar uma combinação; e a formação da referida combinação numa pastilha.
  14. 14 - Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por compreender ainda:
    a combinação de uma pluralidade dos referidos artigos revestidos e de pelo menos uma enzima capaz de remover pelo menos um tipo de detrito de uma lente de contacto colocada no meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio; e a formação da referida combinação numa pastilha.
  15. 15 - Processo para desinfectar uma lente, caracterizado por compreender:
    o contacto de uma lente a ser desinfectada com um meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio em condições eficazes para a desinfecção da lente, desinfectando-se assim a referida lente; e o contacto do referido meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio com uma composição compreendendo pelo menos um artigo contendo um componente destruidor do peróxido de hidrogénio, eficaz quando libertado num meio aquoso líquido na destruição ou indução da destruição do peróxido de hidrogénio presente no meio aquoso líquido e um revestimento barreira colocado sobre o referido pelo menos um artigo e actuando de modo a evitar a libertação substancial do referido componente destruidor do peróxido de hidrogénio, durante um período de tempo
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    -37após a referida composição ser posta inicialmente em contacto com o referido meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio, compreendendo o referido revestimento barreira um componente de revestimento solúvel em água e sendo derivado de uma mistura, compreendendo água, um componente cetona e o referido componente de revestimento solúvel em água, mistura esta que é aplicada ao referido núcleo.
  16. 16 - Processo de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a referida mistura compreender uma quantidade menor, em volume, de água e uma quantidade maior, em volume, do referido componente cetona, em relação ao total de água e do referido componente cetona presentes na referida mistura, e por o referido componente de revestimento solúvel em água ser escolhido de entre o grupo constituído por derivados da celulose solúveis em água, polímeros à base de metacrilato solúveis em água, polímeros à base de vinilpirrolidona solúveis em água e suas misturas.
  17. 17 - Processo de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a referida composição compreender ainda pelo menos uma enzima capaz de remover pelo menos um tipo de detrito de uma lente de contacto colocada no referido meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio, estando a referida composição estruturada de modo a libertar a referida pelo menos uma enzima no referido meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio antes do referido componente destruidor do peróxido de hidrogénio ser libertado no referido meio aquoso líquido contendo peróxido de hidrogénio.
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