Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China informou sobre o encontro da China-EUA no domingo (19).
A pedido do lado dos EUA, Wang Yi, diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), teve um encontro não oficial com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nas margens da Conferência de Segurança de Munique, disse o porta-voz.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh, tornou a posição solene da China explícita sobre o chamado incidente do dirigível e apontou que o que o lado dos EUA fez foi aparentemente um abuso do uso da força e violação da prática internacional habitual e da aliança internacional da aviação civil. A China o deplora e protesta firmemente a isso. Os EUA são de fato o país número um em termos de vigilância, cujos balões de alta altitude voaram ilegalmente sobre a China várias vezes. Os EUA não estão em posição de manchar a China.
O que os EUA precisam fazer é mostrar sinceridade e enfrentar e reparar os danos que seu abuso de força causou às relações China-EUA. Se os EUA continuarem a dramatizar, exagerar ou agravar a situação, a China certamente responderá fazendo o que for necessário. Todas as consequências decorrentes deverão ser suportadas pelo lado dos EUA, disse Wang.
Wang enfatizou que, na questão da Ucrânia, a China segue os princípios e permanece comprometida em promover negociações de paz e tem desempenhado um papel construtivo. A parceria estratégica abrangente da China-Rússia é construída com base na não aliança, não confronto e não-alvo de países terceiros, e está dentro dos direitos soberanos de dois países independentes.
"Nunca aceitamos o apontar dedos dos EUA ou mesmo a coerção visando as relações China-Rússia", disse Wang, acrescentando que os EUA, como um país importante, devem trabalhar para um acordo político da crise, em vez de abanar as chamas ou lucrar com a situação.
Wang apontou que, para manter a estabilidade no estreito de Taiwan, a "independência de Taiwan" deve ser firmemente contestada e o princípio de uma só China deve ser seguido com credibilidade. Na questão de Taiwan, o lado dos EUA precisa respeitar a história e os fatos, cumprir os compromissos políticos e agir sobre a declaração de "não apoiar a independência de Taiwan".